terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

VAIDADE


Vá idade!!!

Aqui mermo não...
e se o meu corpo fosse uma casa e eu gritasse agora, qual parte teria mais eco?

eee ccc ooo

acho que aqui em meu peito, bem no centro...

pouco mais pro lado esquerdo.
E se a bateria acabar? Será que vai salvar?

O que me assuta

Hoje olhei pro céu e lembrei que quando tenho medo dele, ele me parece mais um teto e esqueço mesmo que ele não tem fim. Me defendo dele.
Aí, lembrei da minha liberdade... e tentei pensar em tudo que faço quando tento me esconder dela.
Cheguei à conclusão:
o infinito e a liberdade assustam.

Pensei mais e lembrei que apesar do medo, o que eu tenho de mais profundo é livre e infinito.

Me acalmei.

"O ser humano é estômago e sexo"

Come e come.

Come de novo. Come mais.
                             

 com me.
   me com (e).

Come
Com
Co
C


                                                                                                                                                    Ah!

Surto hedonista.

Ontem eu transformei prazer em verbo. Me senti dona da palavra. Dona mesmo.

Eu prazero. Tu prazeras. Ele prazera.
Nós prazeramos. Vós prazereis. Eles prazeram.

Criei para mim um novo ato: Prazerar.
Ele é muito pra ser só uma qualidade. Tinha que ser ação também.
Pronto. Agora está melhor.

É que eu estou me sentindo muito corpo. Eu sou toda envolvida por pele, que é toda cheia de poros, que são todos abertos pro mundo. Cada poro meu é uma abertura para esse mundo aqui. Outros mundos também, às vezes...

Meus poros abertos. 

Transpira.

Respira. 
certeza
é
que eu sou tez.
pele e poros.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

http://www.youtube.com/watch?v=kcVmGygKzVE&feature=related

Em um tempo eu acreditei em Shopenhauer.

Uma vez, me disseram que o bem é sempre qualitativamente maior do que o mal. Ou seja, uma coisa boa supera sempre todas as coisas más. Tem dias que eu teimo em acreditar nisso. Mas, faz muitos dias que isso persiste em me tomar toda... como uma verdade mesmo. Acreditar nisso me dá força. Não é um ideal distante, um otimismo barato, me parece mesmo um fato.
Não nego a existencia da dor, do sofrimento, da mediocridade, do egoísmo e da vaidade, mas é que aqui dentro de mim, as coisas do Amor sempre bateram com mais força. É como se o meu espaço para o negativo fosse um quartinho bem pequeno e o espaço do bem fosse toda a minha casa, e conscientemente é isso que eu desejo.
Sentir Deus em mim, sentir o meu Amor por minha mãe e por meu pai, conversar com meus amigos, sentir os meus cinco sentidos existindo plenamente em meu corpo, poder caminhar, mergulhar no mar, dançar, brincar com uma criança... tudo isso me toma com uma força e uma explosão de felicidade indescritível e eu digo: "Como é bom viver!". Sim! O positivo é qualitativamente maior. Concordo porque vivo isso, é nisso que eu acredito. Mas houve um tempo, que eu acreditei em Shopenhauer e o seu "´pessimismo" até que me fez bem, mas hoje não faz mais sentido.


Lembro de alguns casos de pessoas que passaram a vida com um sentimento ruim por outra pessoa, outros que viveram afundados nas drogas ou na depressão e mais um monte de história. E por um momento, um encontro com uma pessoa, um momento dominado pelo real Amor, toda aquela sombra fica para trás e tudo vira luz. Para mim, essa é a força qualitativa do bem. É por ela que eu vivo.
O bem me toma por completo e escorre em meus olhos, eu me arrepio e sorrio. É assim que ele existe em mim, desde que eu era pequenininha. Minha Vida pára eu eu sou só Amor. Poderia escrever vários momentos que eu senti isso. Um dia escrevo. O último, eu estava comendo um prato de feijão que minha amiga fez pra mim, depois de um mês só comendo alfajor e salada.