segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Amor pra quem, mesmo?


Sempre me pareceu que Amor que é Amor, não grita, não é espalhafatoso, não usa plumas, nem salto alto. Amor que é Amor, não manda carro de som com "palhaços-furta cor "que soltam fogos na porta do colégio, nem flores pra turma toda ver. Não entendo e nem quero entender a necessidade que alguns têm de mostrar para o outro o Amor, já que ele cabe tão bem nos que se amam... sem sobrar, nem faltar.  Quer dizer... entendo e acho meio estranho. Acho fraco também e quando me peguei fazendo isso, vi que por trás só existia insegurança. É a velha necessidade do olhar do outro. Se sentir invejado pra se sentir digno de alguma coisa boa. Essa lógica é triste. Tento fugir disso o máximo que posso, só pelo fato de ser perda de tempo. Afinal, eu quero viver a minha vida e não a vida que o outro acha que eu tenho.
Qualquer um consegue perceber o Amor que aparece com a decadente necessidade de aparecer e o Amor que aparece só pelo fato de ser Amor, de ser lindo e puro. E é tão bom quando vejo ou sinto esse Amor que aperece sem ambição... um casal de pré-adolescentes, dois amigos, uma menina que ama seu cachorro, que ama sua mãe ou que se ama. Uma senhora que ama a Vida, um senhor que ama dançar. Uma criança que ama o priminho, a mãe que ama o filho. João que ama Maria, que ama João, que ama Maria, que ama João...

Pois bem, pra mim Amor é calmo e forte e essas duas coisas nunca se chocam, mas andam de mãos dadas.



"Falais baixo se falais de Amor!"
Shakespeare


"Se tu me amas, ama-me baixinho.
Não o grites de cima dos telhados,
deixa em paz os passarinhos.
Deixa em paz a mim!

Se me queres, enfim,
tem de ser bem devagarinho, amada,
que a vida é breve,
e o amor mais breve ainda."

(Mario Quintana - Bilhete)

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