quinta-feira, 9 de junho de 2011

Escafandro e Camafeu.

São as palavras mais íntimas e mais distantes de mim. Sempre as tive aqui em mim, mas durante anos não sabia os seus significados. Amava, porque o seus sons eram bonitos e eu imaginava que quando descobrisse o significado, iria achar bonito. Vivi o mistério durante muito tempo... o não-saber é belo.
Pois bem, faz um bom tempo que fui assistir à um filme "O escafandro e a borboleta"; fui sem saber o que era escafandro e quando meu amigo quis me explicar, eu pedi pra parar. Assisti o filme sem saber. Depois de alguns dias, acabei com o mistério, peguei o dicionário. Pronto, me apresentei ao escafandro e ele também me conheceu, viramos amigos. Ele, de fato, é bonito. Ajuda o homem a respirar, entrega um novo pulmão, faz a gente poder ser peixe.
Quanto ao camafeu, até essa semana, relutava fortemente em saber seu significado e continuava o achando uma das coisas mais lindas do mundo. Aí, Vovó Minha, me mostrou um brinco seu, bem antigo e disse: "É bonito, não é habib? É um camafeu". Pronto, todo mistério se desfez e da forma mais bonita. Até hoje ela não sabe o que fez com o camefeu e comigo. Existem momentos que são tão suaves e tão belos, que eu não ouso prende-los em palavras. Esse foi um desses. Ele está lá, eterno.

Agora eu ando por aí, com o escafandro e o camafeu. Sem mistério, mas com beleza. Eu sabia que eles eram lindos.

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