quarta-feira, 8 de junho de 2011

Páginas táteis.

Certa vez, Antoine Saint-Exupéry disse que a "a sensualidade é ridícula" e eu concordo porque eu sei (humm) o que ele quis dizer com isso. Quando o homem vive essa sensualidade de forma forçada, eu sinto asco. Quando uma mulher faz isso, quase sempre beira o cômico.
Essa coisa programada, posada, estilizada, travestida de sei-lá-o-quê, nunca, nunquinha me foram confortáveis. Durante alguns anos, na adolescência, me senti masculina e como estratégia compensatória, me afeminei muito; muita maquiagem, saltos e mais saltos, calças justas e mais justas. É fase. Passou.
Redescobrir minha feminilidade e minha sensualidade (ui!) não foi do dia pra noite... e também não foi o processo mais suave da minha vida, porque minha parte infantil sempre ocupou muito espaço em minhas "instâncias psíquicas".

Isso tudo pra dizer o seguinte: quem me ajudou nesse retorno à feminilidade perdida, foi Anais Nin.
Em minha viagem pra Buenos, conheci uma menina-maravilhosa, que levou em sua mala um livro dessa mulher, que pegou emprestado de um amigo.
Sem detalhes da história, foi por conta desse livro e dos grifos do dono do livro, que eu alumiei uma parte minha, com uma luz tão forte, que eu vi foi coisa...

Me encontrei com Anais e com seu universo, cheio de corpo e flúidos e suor. E muitas palavras. Grande experiência. Soul grata.

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