segunda-feira, 18 de abril de 2011

Os maiores tesouros, estão em segredo/ O não-dito

O Grande Amor, meu maior sonho, meu maior prazer. Minhas manias. Meus vícios.
Meu melhor beijo, meu abraço mais apertado. Meu pecado.
Quase sempre, só eu sei. Meus tesouros são só meus e vivem aqui, formando teias, empoeirados, quando não mexo neles. Alguns estão amarelados. Mas outros, eu futuco todos os dias e aí, algumas pessoas têm acesso à eles. Mas meus maiores tesouros, estão em segredo.
Eu os guardo e nunca os verbalizo. Os apresento de todas as formas, menos com a palavra, porque para eles, todas essas letras são como montinhos de pó entulhados no canto da porta. E eles vêm pro mundo quando querem, são arredios. Se mostram com minhas lágrimas, com meus pulos, com meu choro, com minha vontade de ficar mais, com meu sangue correndo mais rápido.
Os meus tesouros, são o que eu tenho de mais íntimo, é a minha parte mais funda e a mais livre. São o que eu tenho de mais insano e mais lúcido.
Os meus tesouros não são guardados em um baú em um canto de sala, eles não são arrumados. Eles vivem em meus pés, mãos e coração e me fazem levantar da cama todos os dias pra tentar ordená-los. São como brinquedos de criança que insistem em não se arrumar, se achando donos da casa.

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