segunda-feira, 21 de março de 2011

Do que eu não posso mais me gabar

Meu corpo é um paraíso quando consigo sentir minha saúde. E agora eu sinto isso e fico muito feliz. Como já foi dito, o bem pode anestesiar... e eu não gosto disso. Perceber o meu bem-estar é um dos meus exercícios diários. Isso tem me deixado mais sensível, pro bem e pro mal, claro. Mas está bom assim... ontem senti meu coração, bem forte e com toda sua vida, sem colocar a mão no peito e sem tapar meus ouvidos pra escutar. Faz tempo que queria senti-lo dessa forma, e agora eu consegui. Estou sentindo mais meu estômago e minha digestão, também. Eu gosto dos sons do meu corpo.
Mas... do que eu não posso mais me gabar? Duas coisas:
 Aconteceu essa semana, por conta de uma crise aguda de sinusite, passei dias com dores de cabeça bem forte. Vivi duas coisas que nunca tinha vivido nesses 21 anos: sentir dor de cabeça(eu sempre me gabei ao dizer que NUNCA senti esse tipo de dor e agora não posso mais fazer isso) e por conta dessa dor, não podia abraçar as pessoas, porque sentia pressão e doía mais. Agora que passou, acho que foi bom ter vivido... dou mais valor aos meus abraços e ao fato de “não sentir minha cabeça”.
Outra coisa que já não posso mais falar e me sentir a exceção do mundo: "Nunca fui assaltada". Hoje, tenho dois em minha ficha: um na Video Hoby, com direito a arma na cabeça; o segundo em Buenos Aires, depois de uma noite misturando tango com samba em uma milonga.
Acabaram meus anos de glória, mas me sinto mais pertencente ao mundo; por dois motivos ruins, eu sei.
É só desculpa que eu crio pra me consolar.

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